O forte choque na oferta de petróleo caso o Irã feche o Estreito de Ormuz
VEJA Mercado: especialista fala sobre a temida participação dos EUA na guerra entre Israel e Irã e sobre o risco de desabastecimento de petróleo
VEJA Mercado | 18 de junho de 2025.
As bolsas europeias e os futuros americanos são negociados entre perdas e ganhos na manhã desta quarta-feira, 18. O presidente americano Donald Trump afirmou nas redes sociais que sabe onde o líder supremo do Irã está escondido e que Ali Khamenei “é um alvo fácil”. Ele disse ainda que não irá matá-lo por enquanto, mas que “a paciência está se esgotando”. Trump pede a rendição incondicional do Irã na guerra contra Israel, e agora com uma novidade. Os Estados Unidos estariam deslocando uma série de jatos de combate para o Oriente Médio numa estratégia defensiva, segundo informaram autoridades à agência Reuters. O temor é que os EUA utilizem o seu maior caça-bunker para destruir a instalação de enriquecimento nuclear enterrada em Fordo. Khamenei respondeu em declaração à TV estatal do Irã e disse que qualquer ataque dos EUA terá “consequências irreparáveis”.
Nos mercados, o petróleo ultrapassou a marca dos 76 dólares por barril com os investidores preocupados com o Estreito de Ormuz, canal por onde passam milhões de barris de petróleo produzidos no Oriente Médio e que pode ser fechado pelo Irã em momentos de crise. Apesar de toda a tensão, os mercados parecem não sentir os efeitos da guerra. As bolsas e o dólar comercial têm andado de lado nos últimos dias, sem grandes oscilações positivas ou negativas.
Nesta quarta-feira, o Banco Central se reúne para discutir a política monetária brasileira. O risco de um aumento de 0,25 ponto percentual nos juros passou a ser maior nos últimos dias. Diego Gimenes entrevista Danilo Igliori, economista-chefe da Nomad. O especialista afirmou que o fechamento do Estreito de Ormuz não pode ocorrer e que poderia provocar “um imenso choque na oferta global de petróleo”. Igliori fala também sobre a influência da guerra nas decisões dos bancos centrais e opina sobre o dilema do Copom de aumentar ou não os juros do Brasil. O VEJA Mercado é transmitido de segunda a sexta, ao vivo no YouTube e nas redes sociais, a partir das 10h!